Nunca ouvi dizer, de algum técnico de seleção que tivesse passado incólume pelo maior cargo público do País. Desde os mais consagrados até os mais desacreditados, todo eles foram alvos das mais duras críticas.
É assim que funciona: a mídia precisa disso e os técnicos também. É uma espécie de relação sado-masoquita. Não há comentarista esportivo que saiba elogiar. O elogio não tem graça. A crítica sim, é extremamente prazerosa. Como é bom atacar, apontar defeitos... Observar a raiva do outro crescer. E quando o técnico, alvo preferido de dez entre dez cronistas, resolve contra-atacar, aí é que as coisas esquentam.
Por outro lado, é como se o treinador precisasse disso também. Já pensou que chatice, toda vez que ele ligasse a televisão e assistise a um comportado comentarista, fazendo rasgados elogios ao treinador da seleção. O técnico gosta de responder atravessado aos jornalistas. E quando sai vitorioso? Aí é que as coisas esquentam.
Dunga está a um passo de vencer a Copa das Confederações. Com o Brasil classificado para a Copa do Mundo e com os últimos bons jogos da seleção (principalmente contra os grandes times), não duvido nada que o cara vire esse jogo. Mas, só para não perdermos a mania, vamos continuar falando mal. Nem que seja da roupa ou do português errado.
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