20 de out. de 2010

Em defesa de Renê.


Renê ficará 1 ano longe dos gramados

    O doping de Renê, goleiro do Bahia, tem um tom de dramaticidade extra. Ele traz, além do sofrimento normal de um atleta que vê a possibilidade real de ter sua carreira encerrada, uma crise familiar digna de folheitm.
    A mulher do goleiro, sem ter a noção do que fazia, deu remédio para Renê que sofre de dores crônicas na cabeça; remédio esse, que contém substância dopante, mas que não serve como estimulante. Ou seja, Renê não obteve nenhum benefício em termos de desempenho ao engerir tal medicamento.
    Ainda assim, o goleiro foi punido com afastamento dos gramados pelo período de 1 ano. Considerando-se que Renê já está com 33 anos, a possibilidade de voltar a jogar é pequena.
    Há que se considerar: Renê errou ao tomar medicamentos sem consultar o médico do Bahia. Sua mulher errou ao dar remédios à revelia para o marido, sabendo que ele é um atleta profissional. Mas, a pergunta que cabe é essa: será que Renê merecia tanto rigor?
    A decisão do STJD puniu Renê e sua família porque, além de afastar o atleta, incutiu uma culpa monstruosa em quem, no fundo, só queria cuidar.
    Há casos e casos de doping e, assim como Jóbson teve sua pena reduzida, Renê também deve tê-la.

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