28 de dez. de 2010

UM PASSO ADIANTE

Ultimamente tenho falado muito sobre o futebol como negócio. É evidente que qualquer empresa deseja e tem por finalidade obter lucro. Para isso, necessita de funcionários que correspondam a essa necessidade, ou seja, pessoas qualificadas e que rendam sempre o máximo que possam.
No esporte não é diferente. Se um jogador não corresponde, em campo ou fora dele, àquilo que dele se espera, é normal que se queira desfazer do mesmo, ou até negociá-lo.
Souza, ex-São Paulo e Grêmio, se queixou do tratamento recebido pela diretoria gaúcha. Segundo o jogador, os triclores não levaram em consideração sua séria contusão e que o afastou de boa parte dos jogos em 2010. O Grêmio não renovou contrato com o meia.
No futebol, onde a carreira do atleta é a mais curta das profissões, aquele que se contunde não tem direitos como outros profissionais os têm. Ele se torna um inútil, um zé ninguém e passa a ser como um estorvo para o clube, que busca se desfazer do mesmo, tendo sempre o menor prejuízo que puder. Entendo a atitude do dirigente, que não pode bancar altos salários sem ver resultados.
O futebol é assim, um negócio e como toda empresa, fria e calculista. Por outro lado, penso que cabe aos próprios atlteas a união em torno de temas tão importantes, a consolidação como classe e a busca de seus direitos enquanto cidadãos. Para isso acontecer é necessário antes o futebolista se desalienar e ser mais participativo politicamente. Do contrário, qualquer discurso, como esse de Souza, não vai passar de mera falácia.

Nenhum comentário: