O rótulo de craque é facilmente estampado em qualquer talento que surge. Muitos aparecem nas mesmas condições: entram durante jogos difíceis, fazem gols e são imediatamente exaltados por torcedores e jornalistas. É um movimento sincrônico. Não parte de um dos lados, mas de ambos. A torcida quer um craque e a imprensa também.
É preciso muito cuidado com estereótipos; eles podem destruir carreiras. Quantos nomes sumiram em meio ao mar de especulações que é o futebol? É com esse cuidado que eu afirmo: Lucas, do São Paulo, é um forte candidato a estar entre os grandes do mundo.
Eu não digo isso apenas baseado nas atuações que tem com a camisa tricolor. A imagem que não me sai da cabeça é a participação rápida que o meia teva no amistoso, pela seleção brasileira, contra a Escócia. Mas, o que pouco minutos em campo podem demonstrar? A princípio, nada. No caso de Lucas, muita coisa.
Bastou uma bola, uma única jogada, para o menino revelar sua grandeza. Sua intimidade com a redonda salta aos olhos. Ela ficou grudada em seus pés e ele, sem cerimônias, a manteve sob seu domínio. Lucas driblou uns três ou quatro adversários antes de concluir a gol. As redes não balançaram, mas isso não importava mais.
Um craque se mede pela personalidade, pela autoridade com a qual chama a responsabilidade de um jogo. Era a primeira convocação de Lucas para a seleção principal, e parecia que ele estava jogando uma pelada na várzea paulistana.
Um comentário:
Esse Lucas é outro que vai dá o que falar.
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