Basta dar condições suficentes e o torcedor lota os estádios. Não é preciso muito: um time competitivo, um bom estádio e, principalmente, um horário adequado ao cidadão e não à grade de programação.
Ontem foi um exemplo bem acabado do que digo. Em São Paulo, o tricolor paulista entrou em campo brigando pela liderança do Brasileiro, tinha o seu maior ídolo, Rogério Ceni, festejando 1000 jogos e uma partida realizada às 16 hs. No Rio, um Botafogo empolgante, uma torcida empolgada e um horário digno para o torcedor (também às 16 hs). O resultado foi cerca de 100 mil torcedores nos dois estádios juntos.
Não é preciso muito para atrair público aos estádios e futebol. Basta boa vontade para adequar o produto ao aspecto cultural do espote. O futebol é coisa séria por aqui e o torcedor é mais do que um consumidor de espetáculos. É a partir desse esporte que muitos conceitos são formulados, que muitas opiniões são refeitas e que o senso comum recria seus contornos.
É preciso que cesse o hábito de se pensar por último no torcedor e primeiro na lucratividade. Pode parecer ingênua a minha afirmativa, mas se quem está sentado nas arquibancadas está satisfeito é claro que haverá mais renda e mais lucro para os clubes. E não falo só de estádios cheios, mas também de maior vendagem de produtos e afins.
Já passou da hora da televisão deixar de ser o grande mecenas desse espetáculo que é do povo. É preciso que os dirigentes tentem se livrar dessas amarras chamadas "cotas de TV".
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