Esporte tem como definição uma competição entre equipes, ou individualmente, e que tem como objetivo primeiro o entretenimento do público. Qualquer prática esportiva deve ter como fim divertir, sejam os participantes diretos (atletas) ou os expectadores.
O elemento humano é a essência de toda a prática esportiva. A emoção, a subjetividade, o imponderável e as vicissitudes do comportamento do homem são os componentes que fazem da competição desportiva um sucesso. Em qualquer parte do mundo, e em que tempo histórico, foram essas variáveis que trouxeram aos jogos as dimensões épicas que adquiriram.
Quando se afasta a humanidade do esporte, o que sobra é apenas um extrato vazio de algo que não transmite emoção. Vide o automobilismo, que só foi atraente enquanto pessoas como Senna, Piquet, Proust, Mansel e outros estiveram envolvidos nele. Esses pilotos protagonizaram momentos históricos para o esporte, justamente porque infrigiam regras, lutavam contra a obviedade, demonstravam raiva uns com os outros e não se deixavam superar pela máquina.
O futebol, por exemplo, só alcançou o sucesso mundial que tem porque é um desporto, quase que exclusivamente, independente da tecnologia. Dirão alguns que determinada marca de chuteira é melhor que outra, que os aparelhos de musculação de um clube são mais desenvolvidos que os de outro, etc. Mas, nesse esporte o que prevalece é o fator humano. O talento do pé que chuta a bola sempre vai prevalecer sobre qualquer variável.
Por isso, é hora de valorizarmos mais a humanidade nos esportes e deixarmos de lado a tecnocracia, sob risco de perdermos o que há de essencial nas competições: a emoção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário