4 de fev. de 2012

A VIDA PARA O ESPORTE

Essa postagem fala sobre alguém que não está nos holofotes do futebol. Ela trata de um homem cuja vida é dedicada a difundir esse esporte pelo mundo; alguém que se preocupa em dar ao futebol um caráter mais humano e que ultrapasse fins meramente mercadológicos.
Marcos Paquetá passa a vida treinando seleções de países que não tem nenhuma tradição nesse esporte, tais como: Finlândia, Emirados Árabes, Arábia Saudita e  agora, Líbia. O que o leva a escolher tais caminhos não é meu interesse. Para mim, basta constatar que Marcos Paquetá é alguém que tem uma causa.
A Líbia passa por momentos delicados, após a queda e morte de Muamar Kadafi. Conflitos sem fim e mortes em profusão. A mera derrubada de um regime não o extingue por completo; vide o Brasil que ainda busca se livrar das amarras da ditadura.
Marcos Paquetá está há cerca de 8 meses sem receber salários, perdeu alguns atletas para a guerra civil e sofre sem campos para treinar. Além disso, teve 5 de seus convocados para a Copa Africana de Nações cortados por imposição do governo provisório, já que os atletas eram favoráveis ao Regime de Kadafi.
Ainda assim, o treinador brasileiro insistiu em seu trabalho, deu um pouco de coragem aos seus comandados e conseguiu um feito extraordinário: venceu a seleção de Senegal, uma das mais badaladas do continente, após 30 anos sem vitórias da Líbia.
Ao leitor pode não parecer algo tão importante assim. Mas, imagine um povo miserável, que vive uma época de renascimento e que só teve motivos para chorar nas últimas décadas poder comemorar uma vitória depois de 30 anos...
Marcos Paquetá pode até não ter reconhecimento da grande mídia, mas é alguém que, certamente, vive no imaginário do povo líbio, e de tantos outros povos, como um herói.

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