A semana que passou foi marcada, novamente, pela discussão acerca do comportamento de torcedores nas arquibancadas. O Vasco, mesmo vencendo um confronto importante de Libertadores, teve seu treinador achincalhado pela torcida.
Sempre parto, nesse tipo de discussão, da premissa de que torcedor tem todo o direito de se manifestar como quiser. Exceto em casos de agressão física, toda forma de protesto é legítima. Nenhuma democracia é verdadeira, se a manifestação de ideias, sentimentos ou reivindicações for sufocada.
Entretanto, há um outro ponto que merece debate: a cultura da torcida brasileira. Nós temos, sem dúvida, o tipo de torcedor mais exigente do planeta. Futebol por aqui é coisa séria, como dizem alguns. Em nenhum outro país, crises internas, falta de vitórias ou declarações polêmicas são levadas tão à sério.
O contraponto disso é a falta de apoio em momentos importantes, como a Libertadores para o Vasco. Entendo que seja este um comportamento repetido por muitas gerações, mas acho que tudo tem hora para mudar. O vascaíno necessita entender que o time precisa dele, principalmente quando manda seus jogos em São Januário, estádio carinhosamente apelidado pelo próprio torcedor de caldeirão.
É hora de deixar de lado as diferenças e ressalvas. O Lanús é um time limitado e que se classificou apenas porque Olímpia e Flamengo fizeram uma Libertadores pífia. Acredito na classificação do Vasco e, com isso, espero apoio da imensa torcida cruzmaltina na próxima fase.
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