19 de abr. de 2010

BOTA 2 X 1 FLA - 18-04-2010

    O momento maior da conquista alvinegra, ontem, no Maracanã, não foi o pênalti cobrado por Loco Abreu e tampouco, o de Herrera. O momento maior da conquista foi a disputa do Imperador com Jéferson, o brilhante arqueiro do Botafogo.
    Ali estava muito mais do que a disputa do título Estadual. Naquela cobrança estava uma espécie de afirmação dos novos paradigmas do futebol. O que deve ser considero certo ou errado daqui para frente? Quais condutas um profissional deve ter para ser bem sucedido? É importante treinar? É importante a profissionalização no clube?
    Pois se aquela bola do Adriano entra, tudo o que é apregoado por aqueles que querem o bem do esporte caíria por terra. Jéferson foi mais do que um goleiro. Naquele momento, ele foi uma espécie de porta-voz dos que vivem repetindo, como numa ladainha, que o futebol deve premiar aqueles que buscam a perfeição e o profissionalismo.
    Se a bola de Adriano estufa as redes, ao invés de tocar na ponta da luva de Jéferson para, logo em seguida, tomar a linha de fundo como direção, a mensagem que nos passaria seria a de que a indisciplina, a falta de comando e a desestruturação são os caminhos para o sucesso.
    Adriano não pode ser culpado pela derrota do Fla, mas Jéferson, esse sim, tem toda culpa de ser o herói do título alvinegro. Pela sua coragem, pela sua frieza, por seu comprometimento com o profissionalismo e pela sua paixão pelo que faz, o goleiro do Botafogo nos deu uma lição sobre como ser um desportista.

Nenhum comentário: