Joel Santana diagnosticou que o Bota vem sofrendo de uma síndrome, qual seja, a de jogar bem e não vencer. Não posso discordar do treinador nesse aspecto. De fato, o Alvinegro foi melhor do que o Corinthians o tempo todo e não venceu por pura falta de atenção na última bola do jogo.
Entretanto, recorrendo ao velho e bom dicionário, percebi que a definição do termo "síndrome" tem aspectos interessantes. Vamos a ela: "Estado doentio que apresenta diversos sintomas e que tem múltiplas causas" ( Minidicionário da Lingua Portuguesa. Bechara, E. Ed. Nova Fronteira, RJ, 2009).
Os sintomas da síndrome do Bota me parecem estar associados à uma falta de atenção generalizada do sistema defensivo, um medo injustificável do adversário e, como consequência, uma falta de confiança em suas próprias forças.
As causas da tal síndrome ainda não estão claras, mas ontem, diante do Timão, as alterações defensivas de Joel, no momento em que o Botafogo era dono das ações, contribuíram em muito para reforçar os sintomas da síndrome.
O Botafogo não pode ser refém de seus próprios traumas. É preciso abolir de uma vez por todas o velho refrão: " Há coisas que só acontecem ao Botafogo". Por isso, recomendo ao Joel e a seus comandados que esqueçam essa história de síndrome. Ela só serve para criar mais uma barreira entre o sonho e a real conquista.
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