O técnico da seleção brasileira aprendeu, desde cedo, que para vencer é preciso subjugar o adversário. Na adversidade ele não hesita, ataca. Dunga não conhece outra forma de agir, se não for com agressividade. Foi assim em 90, quando marcou uma era no futebol; em 94, quando foi capitão de uma linda conquista e não conseguiu sorrir ao levantar o troféu, apenas esbravejou contra seus “opositores”.
O treinador do Brasil não aprendeu a sorrir, a menos que o sorriso seja de escárnio, porque essa seria uma manifestação de fragilidade. Dunga é uma contradição ambulante: transforma a maior alegria do brasileiro em rancor próprio.
Dunga é apelido proveniente de uma fábula, historia contada para criança sorrir e sonhar. Mesmo que fosse o Zangado, ainda assim teria sua alcunha ligada aos devaneios infantis. Mas essa pureza não cabe nos sentimentos do nosso comandante.
A aversão crônica que o técnico desenvolveu pela imprensa é apenas um sintoma de uma paranóia típica daqueles que veem no mundo inteiro, uma ameaça constante. Essa é a única forma de motivação que Dunga conhece: é preciso um alvo, alguém para se odiar, para se ter como opositor, um inimigo mesmo. Só assim, se consegue algum êxito na vida.
O mais grave nisso tudo: os jogadores da querida seleção brasileira, cada vez mais distantes do torcedor, estão sendo contagiados por essa patologia. Odeiam a imprensa, porque é preciso odiar alguém. Esse é um modelo de relação humana que, infelizmente, se prolifera.
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