A alternância de poder é um dos princípios fundamentais de qualquer processo democrático. É de se esperar, de um país ou instituição séria, que se promovam trocas de comando de tempos em tempos. Não se pode admitir que pessoas se aferrem à seus cargos como se fossem onipotentes, mesmo que ao fim de seus reinados acabem mesmo se tornando.
É nos regimes autoriários que os vícios e as tramas da corrupção encontram terreno propício para sua propagação. Quando o comando não é trocado, as pessoas que estão entorno descobrem as rotas para a sujeira mais rapidamente. Ao contrário, quando há troca de chefe, as trilhas para a roubalheira também se alteram.
Ricardo Teixeira e Joseph Blatter já se tornaram figuras patéticas, atrás de seus paletós caríssimos e de seus sorrisos de escárnio. São os verdadeiros "senhores" da ganância e da corrupção. Há inúmeras provas de desvios de conduta e de contratos mal explicados, tanto na CBF quanto na FIFA. Não sou eu quem diz! Basta ler as reportagens sobre o tema que a constatação do que escrevo se evidencia.
Estamos prestes a sediar a Copa do Mundo no Brasil. Um evento magnífico, grandioso, altamente lucrativo... Não para os brasileiros, mas apenas para uns poucos que descobriram a rota do dinheiro fácil. É aqui, em nossa pátria idolatrada, que as duas instituições mais maléficas para o esporte estão se encontrando. Um encontro do qual não se pode esperar nada, além de corrupção.
Esporte não tem nada em comum com grandes eventos. Esporte significa integração, transformação pessoal e social. Mega eventos esportivos são apenas oportunidades para pessoas ricas enriquecerem ainda mais.
A FIFA é uma espécie de parasita, um verme que se aloja nas entranhas de um povo e tira dele tudo o que puder. Pergunte aos habitantes de Soweto o que sobrou após o término do Mundial de 2010? Um estádio em desuso, entulhos e a frustração de um povo carente de esperança.
Não nos iludamos com propagandas falaciosas e que só servem para chorarmos falsas lágrimas. A África é aqui!
2 comentários:
Muito bom texto!
valeu Bernardo
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