Já escrevi, numa outra ocasião, sobre Adriano. Disse, sem medo de errar, que o atacante estava definhando e que poderia até haver recuperação para o atleta, mas não para o homem. O histórico de confusões e, principalmente, a incapacidade de Adriano de refletir sobre elas o conduziram a um mar de lamas.
Uma coisa depende da outra: se o homem não vai bem, o atleta também está condenado. É impossível alguém se meter em tanta encrenca e conseguir continuar focado nos treinos e jogos. Mesmo craques extraordinários (o que não é o caso de Adriano), não conseguem se manter no topo em meio a tantas crises pessoais.
É possível até imaginar que existam certos exageros por parte da imprensa quando o assunto é o Imperador. Mas, há de convir o leitor que o jogador contribui muito para isso. Não me lembro de ver Zico, Pelé, Juninho Pernambucano e muitos outros, envolvidos em casos policiais... Para esses, não há histórias que se sustentem na imprensa.
Quando Adriano fez o gol da vitória do Corinthians sobre o Atlético-MG e que colocou o Timão perto do títiulo nacional, por 1 semana o que se falou foi esse fato. De todos os ângulos, sobre todos os aspectos e formas a imprensa enalteceu o gol. Em uma análise fria, foi uma jogada relativamente simples, comum e que não mereceu o destaque que teve.
Por 1 semana Adriano virou o rei, o craque ressurgido das cinzas, o imperador dos gramados brasileiros. Um exagero evidente e descabido. Continuo afirmando e sem medo de errar: Adriano está fadado a um fim deprimente; não por causa de seu talento (o qual tem de sobra), mas por sua consciência esvaziada. O tiro na mão da moça que o acompanhava não foi fatal. O disparo de misericórdia já foi dado e atingiu Adriano em cheio.
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