O Campeonato Baiano guarda para esse fim de semana um confronto bem interessante. Bahia e Vitória farão mais um clássico, dentre os muitos entre essas equipes. Aliás, o Bavi é tão importante quanto qualquer outro clássico regional. Apenas, por ser realizado no nordeste, não tem tanto destaque pela grande imprensa.
O jogo desse fim de semana é interessante não só pelo histórico de rivalidade entre os times, mas principalmente, pelas presenças ilustres nos bancos de reservas de Bahia e Vitória. De um lado, Paulo Roberto Falcão que foi um dos mais finos jogadores de meio campo que vi atuar. Do outro, Toninho Cerezo que não ficou para trás em termos de categoria.
Olhando para fora das 4 linhas no clássico dessa rodada, logo poderemos lembrar de um ano fatídico, mas que entrou para a história do futebol mundial:1982. A tragédia do Sarriá, como ficou conhecida a eliminação da seleção comandada por Telê Santana, marcou definitivamente a forma de se jogar bola no mundo. Depois desse episódio, a figura do volante marcador e destruidor, ganhou força no cenário do futebol. Os debates esportivos discutiam se era melhor jogar bonito ou vencer, como se as duas opções não pudessem caminhar juntas. Aliás, esse embate é travado até os dias atuais...
Acontece que os treinadores de Bahia e Vitória foram protagonistas naquela história. Como técnicos, Falcão e Cerezo precisam mostrar muito pelo caminho. Como ex-jogadores, em que pese a eliminação traumática na Espanha, são unanimidades. O questionamento que imponho agora é: até que ponto aquela passagem marcante pela seleção afetou suas formas de enxergar o futebol?
De qualquer maneira, o Bavi desse fim de semana valerá muito mais pelos bastidores do que pela bola rolando.
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