Deve ter sido bem decepcionante a luta do Anderson Silva. Não houve tripas escorrendo pelo octogono ou dentes voando em direção ao público. Sequer uma gotinha de sangue que pudesse divertir a multidão sedenta.
Durante praticamente 15 dias, houve muita provocação e, mais do que isso, ameaças de ambas as partes. O clima era de guerra mesmo! O "carinho" demonstrado pelos "atletas" era comovente. Note que, não por acaso, as palavras estão entre aspas.
Não acredito em um esporte que tem como motivação primordial a destruição física do adversário, o desejo de morte de um outro ser humano. Não deve ser esta a direção da prática desportiva. Pelo contrário, ela deve apontar sempre para o bem.
Aliás meus amigos, ouço muitos por aí chamando esta nova modalidade de arte marcial. Com todo respeito, as velhas artes marciais em nada combinam com violência, desrespeito ou agressão verbal e física. As milenares artes marcias são formas de viver em equilíbrio com a sociedade e a natureza.
Estes combates primitivos são formas de entretenimento, assim como as eram as lutas entre gladiadores em Roma. Pão e circo para um povo que precisa se distrair e não pensar mais em nada, além de sangue e morte.
Por isso, repito que deve ter sido decepcionante a luta do Anderson Silva. O que o público esperava era um espetáculo terrível e, ao final, se contetou apenas com um cínico convite para um churrasquinho.
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