Treinador ameaçado de desemprego não é novidade no futebol brasileiro. Pelo contrário, isso é mais velho do que andar para frente. Perdeu alguns jogos seguidos, as manchetes estapam que fulano está sofrendo pressões ou que beltrano é a bola da vez.
Novidade por aqui são as permanências de treinadores nos cargos. Cada dia mais, os clubes vêm adotando a postura de manter seus comandantes, mesmo com resultados negativos. Trata-se de uma aposta em trabalhos a longo prazo, uma medida bem coerente ao meu ver.
Entretanto, no Flamengo, há uma situação bem peculiar (como tudo o que acontece por lá): Joel Santana está no fio da navalha há, pelo menos, 2 meses. Em todo jogo do rubronegro é esperada a derrocada do velho Natalino, mas ela não vem.
Esse tipo de ameaça, que já foi declarada por dirigentes e replicada por jornalistas, apenas contribui para agravar o quadro de instabilidade que vive o time. Não tenho dúvidas de que o sobe e desce na tabela não é fruto apenas das deficiências técnicas dos jogadores, o que é fato também. A fragilidade do Flamengo tem origem no enfraquecimento do seu comando.
Sou daqueles que acham que o técnico não deve permanecer no clube pelo simples motivo de não ter conseguido, mesmo com mais de 1 mês só para treinos, dar um padrão mínimo para o Flamengo. Mas, não se trata aqui de uma defesa ou um ataque a Joel Santana. Apenas penso que uma atitude deva ser tomada logo, seja ela a demissão ou a permanência.
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