5 de ago. de 2012

ANDANDO EM CÍRCULO

Não estranho o desempenho pífio da delegação brasileira em Londres. Para mim, os feitos até aqui estão exatamente dentro daquilo que merecemos. Não se podia esperar mais do que isso porque esporte de alto rendimento é feito com seriedade.
Não dá para achar que na garra e na vontade, na base do "vamos lá moçada", vamos quebrar o recorde de medalhas que, diga-se de passagem, já é pífio. A falta de políticas públicas sérias, a ausência de incentivo às escolas e universidades para que formem atletas e o atraso tecnológico são alguns dos motivos que nos fazem perdedores.
Basta uma pequena visita às universidades públicas do país e averiguar a decadência das instalações nas escolas de educação física para constatar enfim, o atraso do esporte no Brasil. Alguns podem até argumentar Jamaica, Etiópia e Quênia formam campeões. É verdade, mas nesses países há casos bem específicos de atletas preparados para competições isoladas.
Não pensem que Rio 2016 será a redenção do esporte para o país. Em quatro anos dá para mudar muita coisa, mas não é suficiente para formar uma geração de vencendores. Enquanto não despertarmos para o óbvio que se mostra, ou seja, que esporte e educação caminham lado a lado, seremos como o cão que tenta, inutilmente, morder o próprio rabo.

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