Sempre que as coisas não andam bem em um time de futebol a solução, quase nunca eficaz, é o lançamento dos jovens. Eles aparecem como um trunfo, uma forma de acalmar os ânimos de torcedores furiosos.
Acontece que isso é arriscado, tendo em vista que a inexperiência de tais atletas os faz recuar diante de enormes pressões. Para a transição para os profissionais ser bem sucedida é neceesário planejamento. Aqueles jogadores que estão chegando, precisam de tempo e suporte para uma boa adaptação.
Vejo o Botafogo como um bom exemplo deste trabalho. Estive, há cerca de um ano, em Marechal Hermes para cobrir uma visita que Caio Júnior, então treinador dos profissionais, fez ao CT da base. A iniciativa demonstrou a preocupação dos dirigentes com a ligação entre as duas categorias.
Se hoje garotos como Dória, Jádson, Gabriel, Cidinho, Sassá, dentre outros, estão jogando uma competição difícil em um bom nível é porque há, por detrás deles, uma equipe que os dá suporte. Só para citar um pequeno exemplo: o Botafogo é o único clube do Rio que possui em seu quadro profissional uma psicóloga. Isso pode parecer pouco, mas faz toda a diferença.
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