6 de set. de 2012

PELO VELHO ESTILO

É de assustar o baixo índice dos atacantes no Brasileirão. Fred, Vágner Love e Luís Fabiano dividem a artilharia da competição com 10 gols em 22 rodadas quase completas. Uma média pífia para as tradições do nosso futebol.
O que mais assusta é que, dos três artilheiros, apenas o do Flamengo tem jogado constantemente. Luís Fabiano esteve cerca de 1 mês afastado e Fred fica mais no estaleiro do que em campo. Ainda assim, ninguém conseguiu deslanchar e assumir a corrida.
O que isso pode significar? Muitas coisas. Primeiro, o mais óbvio: a qualidade está caindo a cada dia que passa. Falta talento para ser o "matador", o homem de área. Nossas bases estão carecendo desse tipo de atleta, qual seja, o que tem a função de concluir as jogadas.
Outra hipótese recai sobre o estilo de jogo de muitos times que vêm embalados pela onda espanhola. Os treinadores adoram centroavantes que saem da área, que voltam para buscar jogo e que não têm posição fixa, à exemplo do que faz a Fúria.
Acrecente-se a isso, a enorme fenda deixada por Romário e Ronaldo. Ambos foram monstruosos na seleção e nas equipes que defenderam, fizeram história e marcaram época. Depois deles, um buraco incalculável se abriu e ninguém foi capaz de preenchê-lo.
Eu, por minha vez, sinto muita saudade de épocas em que no futebol as coisas eram mais simples. O meia era o 10 e pensava para o time; lateral bom era o que cruzasse com precisão; e atacante tinha que saber comemorar!

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