2 de set. de 2013

O FAIR-PLAY TUPINIQUIM

Foto: Ramon Bitencourt/LANCE!Press
Não pensem que no time de Dorival Júnior há apenas jogadores honestos, arautos da moralidade ou que jamais cometeriam algum ato duvidoso para se beneficiar. É da lógica do esporte vencer a qualquer preço. Desde dopings até pequenas falcatruas dentro de campo, tudo vale para conquistar a vitória.
O tal fair-play, jogo limpo em uma tradução livre, não passa de uma encenação hipócrita inventada pela FIFA a fim de vender uma imagem socialmente responsável. Logo ela que vive envolvida em escândalos absurdos de desvios de dinheiro e compra de votos.
No Brasil, a questão toma proporções mais dramáticas por se tratar de um país que carrega em sua história a maldita marca da malandragem. Todo brasileiro pensa ser mais esperto que o outro e faz disso uma profissão, um ideal de vida. Está no DNA do tupiniquim nativo ser assim.
O fair-play é uma obrigação para o jogador de futebol. Quando um adversário se machuca, há uma sensação de constrangimento para quem tem a bola nos pés. São segundos terríveis buscando uma alternativa. Chutar para lateral é uma solução quase que automática. Os atletas são impelidos a tal.
Mas essa atitude vai de encontro à natureza do brasileiro. Ele não é assim. A paritr de então só há uma coisa a fazer: ceder aos instintos primitivos. O pensamento é tomado pelo desejo de ser malandro e a ação vem como num arco reflexo. Quando se vê, já se tirou vantagem da situação. E o fair-play, pobre coitado, não passa de ilusão.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo texto, amigo! É isso tudo aí mesmo. Perfeito! Hoje escrevi isso no face. Do jeito q a coisa anda, dona FIFA precisa rever o uso do FAIR PLAY. No Brasil, q como vc muito bem disse, está no nosso DNA tupiniquim a tendência de se dar bem via "malandragem".
Parabéns!
Cláudio Afonso

Fábio Morais disse...

Obrigado Cáludio. Infelizmente, a hipocrisia predomina no mundo da bola...