6 de fev. de 2014

COMEMORAÇÃO E AMBIÇÃO

Foi de fato, para os alvinegros, uma noite gloriosa a de ontem. Primeiro porque a torcida deu um espetáculo digno da grandeza do clube. Cinquenta mil torcedores empurraram a equipe e se pôde sentir a simbiose entre arquibancada e campo. Boa parte da entrega dos jogadores se deu pela empolgação vinda de fora.
Segundo, pela confirmação de Wallyson como uma excelente contratação. Apesar de ter sido artilheiro da Libertadores uma vez, o jogador foi uma aposta da diretoria. Sumido do cenário e esquecido pelos clubes, o jogador chegou a General Severiano a um custo não tão elevado, se comparado à outras transações. Se o atacante não fizer mais nenhum gol daqui para frente, mesmo assim já terá justificado sua contratação.
A festa de ontem, que se estende até hoje, é mais do que justa e merecida. Entretanto, a realidade agora é bem diferente. O grupo do Botafogo na Libertadores é composto por duas equipes tradicionais no cenário sul-americano. O San Lorenzo, sem dúvida, desponta como principal rival do alvinegro. Apesar de não ter nomes de peso no elenco (o meia Romagnoli é o mais perigoso), a equipe carrega a marca do habilidoso futebol argentino.
O Independiente Del Valle, do Equador, vem com uma espécie de azarão do grupo. Possui em seu time os veteranos Andy Caicedo, Luis Caicedo e Daniel Angulo, todos com passagens pela seleção. Ainda assim, não aspira grande coisa na Libertadores. A mesma linha da raciocínio pode ser adotada no caso do Unión Española, do Chile. O experiente zagueiro uruguaio Diego Scotti, que acumula passagens por Olímpia, Newell's e Nacional, entre outros, é o único mais conhecido do plantel. 
Passar pelo Deportivo Quito não foi tarefa das mais complicadas, convenhamos. A garra demonstrada pelos alvinegros valeu mais do que a organização tática em campo. Daqui para frente, um novo passo precisará ser dado. Ao que tudo indica, o Botafogo deverá se classificar no grupo 2, disputando apenas posição com o San Lorenzo. Mas é preciso ter mais ambição, especialmente nos confrontos fora de casa. A postura que foi demonstrada em Quito não pode ser repetida. O Botafogo tem time para superar os adversários da primeira fase da competição. 

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