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Cristóvão Borges é daquele tipo de sujeito que não gosta muito de jogar para a torcida. Não é espalhafatoso à beira do gramado, não é de esbravejar com arbitragem, raramente se queixa das falhas individuais de seus jogadores e poucas vezes altera o tom de sua voz. Ele é a anti-tese de seu antecessor.
Poucas vezes o tricolor verá Cristóvão apelar para discursos emocionais ou apelativos. Seu estilo é mais cerebral e, ao mesmo tempo, simplista. Em um mundo recheado de treinadores/professores, que capricham em seus vocabulários inovadores e criam surpreendentes neologismos, a simplicidade não deixa de ser uma baita virtude. O técnico do Fluminense colocará sempre a razão à frente da emoção.
O campeonato que se inicia no próximo fim de semana requer esse tipo de postura. O Fluminense entrará pressionado e vigiado pelo que ocorreu no fim do ano passado. A antipatia angariada pelo time das Laranjeiras é tamanha que haverá uma pressão considerável vinda das arquibancadas e fora dela.
Cristóvão é o cara para esse momento. Ele não poderia estar em um time mais adequado. Se a politicagem interna e a impaciência das organizadas, que normalmente caminham juntas, não atrapalharem a caminhada, o Fluminense tem tudo para escrever uma trajetória diferente em 2014.
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