11 de out. de 2014

AUTO-DESTRUIÇÃO

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Foto: Dhavid Normando/ Folhapress
Não muito tempo atrás, escrevi neste mesmo blog sobre as consequências de uma afastamento de Walter do time titular do Fluminense. Na época, o jogador perdera espaço para Fred, Sóbis e companhia. O que me gerava preocupação era a postura do atacante diante da barração. Será que Walter seguiria disciplinado? Será que treinaria com o mesmo afinco? Será que sua disposição seria a mesma de quando chegou às laranjeiras?
Pois o tempo correu e o jogador, antes apontado como um dos melhores do elenco tricolor, passou a ter um comportamento auto-destrutivo. Walter voltou a ganhar peso. Todos os quilos perdidos a base de muito sacrifício voltaram com força. Abriu a boca para comer e para falar. Começou a reclamar da reserva e das poucas oportunidades nos jogos. 
Walter é o típico caso do menino pobre que tem poucos recursos emocionais para lidar com situações adversas. Enquanto está motivado, no foco das atenções, ele vai bem. Quando sai dos campos e não sente mais o gosto de balançar redes, o atacante passa a se destruir compulsivamente. É assim no Fluminense e foi assim em outros clubes por onde passou.
Enquanto todos os reservas aqueciam durante o jogo contra o Atlético-MG, no Maracanã, Walter permaneceu sentado no banco. Se recusou a aquecer, como quem não se colocasse à disposição do treinador. Sabia as consequências de seus atos e, mesmo assim, não conseguiu evitá-los. Na saída, tomado por uma ira, disse que não falaria sobre a polêmica: "melhor não falar porque senão falo merda"! Melhor seria se tivesse falado sobre o tema. Sem falar, disse muito mais do que poderia dizer. Há momentos que o silêncio é mais significativo do que mil palavras.

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