O MENOR DOS MALES

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A diretoria do Flamengo venceu a queda de braço com Eduardo Uram e o próprio Léo Moura. Enfim, após tanto disse me disse, clube e jogador decidiram por renovar o contrato até o fim do Estadual, no mês de maio. Aos 36 anos, o lateral dará seus últimos passos com a camisa rubro-negra.

Não se pode desprezar a história de Léo Moura no Flamengo. São 10 anos de clube, com 511 jogos disputados. Ele é o 9° jogador que mais vezes vestiu o manto sagrado. À frente de Léo, apenas Liminha (513 jogos) e Carlinhos (516). Ou seja, o jogador irá ganhar mais duas posições e terminará a passagem como 7°. Júnior é o recordista, com 875 jogos. 

Títulos são a prova final de uma carreira de sucesso. Futebol é só resultado, nada mais. Léo Moura ganhou 5 Estaduais, 2 Copas do Brasil e 1 Brasileiro pelo Flamengo. Se conquistar o próximo Cariocão, o derradeiro de Léo pelo Fla, serão 9 conquistas em 10 anos de clube, uma marca considerável e que atesta uma passagem vitoriosa.

Analisar o momento atual deste jogador é como pisar em ovos. É fato que Léo não pode mais render aquilo que já rendeu outrora. É fato que a idade é cruel para qualquer pessoa, ainda mais para atletas profissionais. É fato que as laterais têm sido o ponto nevrálgico do Flamengo. Se continuasse por mais um ano no clube, como queria Léo Moura, correria o risco de ter sua imagem denegrida perante o torcedor.

Alguns defendem que Léo Moura pudesse passar a atuar como meia. Ele já foi utilizado nessas circunstâncias. Acontece que a adaptação na nova função demandaria tempo, um elemento escasso na vida profissional do atleta.  

Há males que vêm para o bem. Léo Moura pode até não estar lá muito feliz com as condições do novo contrato, mas no futuro reconhecerá que foi até um bom negócio. Ele sai do clube e entra para a galeria dos inesquecíveis jogadores rubro-negros.