31 de jan. de 2008

Lagos Jornal (02/02/2008)

O Correão é de todos.
E não é que estão fazendo de tudo para afastar a Cabofriense de Cabo Frio! O Correão deveria ser o habitat natural do tricolor, mas nos últimos jogos o que se sentiu por lá foi um clima de total hostilidade. Estou acostumado a climas festivos no Estádio Alair Corrêa, não a tempestades sombrias como as dos últimos eventos esportivos por lá.
Eu fui um dos que sugeriu a saída da Cabofriense de seu estádio. Achava prudente que o time mandasse seus jogos longe dessa repressão. Mas agora dou meu braço a torcer. O Presidente Valdemir Mendes acertou ao manter a equipe perto de sua torcida. O verdadeiro torcedor da Cabofriense merece ver seu time de perto. Mesmo que isso custe caro no fim.
Aos que querem tirar a alegria de seu povo: ainda há tempo de desistir!

Alerta ligado.
Acho uma temeridade o Flamengo jogar no Engenhão hoje, contra o América. O clima de hostilidade foi criado pelas próprias diretorias de Botafogo e Flamengo.
Quem sabe até a torcida do Fla se comporte bem na casa alvinegra? Acho isso possível.
Mas sem dúvida nenhuma, o disse-me-disse das duas diretorias antes do jogo colaborou para aumentar a tensão. Às vezes é melhor ficar quieto do que falar besteiras não acha?

O Campeonato da Exclusão.
O Campeonato tem mostrado em seu inicio, que dificilmente teremos decisões entre grandes. Acho mesmo, que os times menores não chegam sequer às semi-finais.
Contribui muito para isso o fato dos times de menor investimento, por força do regulamento, não atuarem em seus domínios contra os grandes.
Parece que finalmente acharam um jeito de calar as vozes incessantes dos nanicos, porém competentes, clubes do interior. Isso é ruim para o futebol do Rio de Janeiro, que deixa de ter um Campeonato Estadual para se contentar com um Campeonato Carioca.
Se a intenção era obrigar os clubes menores a ampliarem suas estruturas, porque não fizeram tais exigências durante o meio do ano, quando a maioria dessas equipes está em inatividade?

O papel do ídolo.
A atitude de Kaká, ao deixar seu troféu de melhor jogador do ano na sede da Igreja Renascer em São Paulo, me pareceu equivocada. Nada contra a religião de Kaká. Poderia ter sido na Igreja Católica, na Presbiteriana ou até mesmo em um terreiro.
O que estou questionando, é que recentemente o casal fundador da Igreja Renascer foi preso ao tentar entrar no Brasil com dinheiro não declarado. A fé de Kaká, ou de quem quer que seja, não se discute. O que se discute é o apoio de um homem público a uma instituição que está sob suspeita.

Fabiomorais75@gmail.com

Nenhum comentário: