5 de nov. de 2010

Da cabeçada ao abraço

    O tempo cura tudo. Quem nunca ouviu essa frase, quase uma profecia, sendo profrerida pelas mães ou avós? Sim, porque palavras tão acalentadoras só podem mesmo ser ditas por elas.
    Pois o tempo, por vezes amigo, outras inimigo, tratou de sanar uma cissão, uma rachadura no mundo do futebol. Desde a decisão do Mundial da Alemanha, em 2006, que Materazzi e Zidane não se encontravam. O destino se encarregou dessa tarefa providencial, colocando-os frente à frente, num saguão de hotel.
    Após alguns míseros minutos de conversa, ambos se abraçaram. E que abraço fraternal... Quem diria que a cabeçada mais famosa do mundo iria teminar em um abraço?
    Imagino que se Zidane e Materazzi soubessem que não precisaria muito para sanarem as diferenças, eles não demorariam tanto para fazê-lo. No fim das contas está tudo certo: Materazzi esqueceu a cabeçada certeira recebida bem no meio do peito e Zidane, sujeito pacato que sempre foi, esqueceu todas as qualidades referentes a sua irmã e enumeradas pelo italiano.

Nenhum comentário: