24 de nov. de 2010

Para que não seja ilusão


    O Rio de Janeiro vive momentos decisivos com relação ao seu futuro próximo. Olímpiadas e Copa do Mundo já foram apontadas como "salvadoras da pátria", eventos capazes de transformar a realidade social de uma cidade há muito tempo combalida.
    Do jeito que as coisas são postas, parece que a simples escolha da Cidade Maravilhosa como sede desses eventos já é suficiente para mudar tudo. Os acontecimentos dos últimos dias provam o contrário. Uma transformação desse vulto não é realizada sem que feridas sejam abertas. A guerra, e o termo não é exagerado, é longa e dura. A política do confronto é apenas uma medida desesperada e resultado de anos e anos de descaso.
    O esporte nunca será solução para uma crise dessas, a não ser que ele esteja atrelado a projetos políticos sérios. O discurso vazio de que o Rio, por ser sede de competições esportivas, vive um momento especial de sua história é ineficaz. Educação, emprego e oportunidades de vida são os caminhos para dias melhores. Leis mais duras e o fim da corrupção também. Se não for assim, o esporte terá a velha função de "pão e circo", e só.

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