A depência química é algo que traz sérios transtornos, não só para o dependente, como também para as pessoas que o cercam. Seus sintomas são imediatamente observáveis porque se manifestam no corpo: marcas, perda de peso, sobrepeso, aspecto fatigado e desleixado...
Quando se é dependente de qualquer substância, não se consegue ficar afastado da droga. É uma relação simbiótica, indissociável, de tal forma que, mesmo distantes, o sujeito e a droga não deixam de se relacionar.
Ao se pensar no dependente, se pensa imediatamente na droga. Ao mesmo tempo, ela só tem sentido, só ganha significado, se estiver em conexão com o indivíduo. É uma ligação direta.
Jóbson se disse dependente químico, alguém que chegou ao fundo do poço. Recebeu ajuda do Presidente Maurício Assumpção, que não mediu esforços e assumiu todos os riscos para trazer de volta o atacante. Agora, o jogador começa a falar em deixar o Botafogo.
Começo a desconfiar que Jóbson dissimulou comportamentos indesejados para forçar sua saída de General Severiano e que sua dependência não é o problema central dessa discussão. Será que em outro clube, Jóbson terá a boa vontade e benevolência do Botafogo? Será que ele se cansou de ser ajudado e quer mesmo é fugir do tratamento ao qual tem se submetido? Ou será que o jogador não sente mais necessidade de ajuda? Cabe ainda, mais um questionamento: será que esse é de fato um caso de dependência?
Levanto as questões e deixo as respostas para os leitores. A única certeza que tenho é que se Jóbson de fato deixar o alvinegro será um ato de traição. A menos que a direção do clube assim o queira.
Não que o jogador seja obrigado a ficar para sempre atado ao Botafogo. Mas, não faz nem 1 ano, Jóbson se dizia no fundo do poço e estava sendo salvo por Maurício Assumpção. Como as coisas mudam depessa, não?
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