31 de dez. de 2011

DO IMPULSO À ARTE

Embora ainda não tenha contratado reforços para a disputa da Libertadores de 2012, o Vasco acertou em cheio ao renovar com Bernardo e adquirir 50% de seus direitos econômicos. Trata-se de um excelente jogador e que serve muito bem ao elenco.
Bernardo foi artilheiro do time na temporada que se encerrou, fazendo 18 gols e não sendo titular absoluto do cruzmaltino. São números que comprovam a eficiência do jovem atacante e que justificam o esforço da diretoria em mantê-lo na equipe.
Bernardo tem apenas um ponto fraco: o temperamento. Jogador muito explosivo, o garoto vai ser presa fácil para a catimba dos adversários sul-americanos. Argentinos, uruguaios, paraguaios e chilenos, principalmente, costumam utilizar esse artifício para desequilibrar os jogos.
A comissão técnica do Vasco, de certo, está atenta com o comportamento de Bernardo. É preciso ensinar o jogador a canalizar os seus impulsos agressivos em direção a bola. O atacante deverá transformar a raiva em potência física, em dribles, em chutes violentos e passes precisos.
A sublimação é a mais refinada das habilidades humanas. Através dela, os instintos primitivos como raiva, desejo e paixão são transformados em arte. E o que é futebol, senão uma representação artística?

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