27 de out. de 2012

BOMBA RELÓGIO



Estive no Ninho do Urubu na última sexta-feira, quando acompanhei mais um treino do Flamengo. Observei o quanto Adriano está se esforçando nas atividades para recuperar sua melhor forma física. Pelo menos enquanto está em ação, o atacante se mostra empenhado.
O problema maior de Adriano, ao que me parece, está na sua preocupação demasiada com o que é dito ou escrito sobre ele. Ele já manifestou, em diversas ocasiões, seu descontentamento com reportagens contrárias ao seu comportamento.
Reconheço que há alguns exageros, perseguições desnecessárias e chacotas que em nada contribuem para a informação que é a meta do jornalista. Algumas publicações acabam deformando o verdadeiro sentido das coisas.
Por outro lado, Adriano não pode se revoltar contra o assédio. Ele é, dentre os atletas do Flamengo, e mesmo sem atuar, aquele que atrai mais atenção da opinião pública. É natural que os fotógrafos e cinegrafistas queiram registar sua imagem, que os jornalistas queiram escrever ou falar sobre ele e que os fãs o queiram ver em ação. O jogador já deveria ter se acostumado com isso...
Eu estava à beria do gramado quando, em tom jocoso, Adriano recomendou que entregássemos para sua avó as fotos que tirávamos. Mais que uma piada, o que ele fez foi um desabafo. Adriano é um homem à beira de um ataque de nervos.  Nunca se sabe quando irá explodir e isso faz dele uma ameaça constante para si mesmo.  

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