OUTRO CALDEIRÃO

Sempre achei que o Vasco conseguiria alcançar uma das vagas para a Libertadores. Meu argumento era simples: um time que perde jogadores importantes sem reposição, troca seu treinador, um clube em eterna crise política e economicamente à deriva e que, mesmo assim, conseguia se manter por tanto tempo no G4  deveria ter seu valor.
Mas como tudo na vida, isso passou. O Gigante caiu na real e não resistiu a tanto problemas extra-campo. Sem rumo, o Vasco ainda tenta encontrar motivos para se recuperar na competição. Apesar dos discursos quase sempre otimistas dos jogadores, o que se vê é uma equipe em queda livre.
Para piorar a situação, os antes rivais Roberto Dinamite e Eurico Miranda andam fazendo acordos políticos por debaixo dos panos com a estranha finalidade de encobertar as contas que não fecham. A denúncia foi feita pelo site Lancenet.
A "união" dos adversários promete fazer de São Januário um legítimo caldeirão, mas não aquele que o torcedor costuma cantar nas arquibancadas. A política do Vasco está completamente esquizofrênica, obedecendo à lógica das instituições legislativas de onde advêm Roberto e Eurico, não custa lembrar.
Ainda bem que o time conseguiu um acúmulo de pontos que o afasta de qualquer risco maior na competição. Se estivesse na situação em que se encontra o Flamengo, por exemplo, eu sinceramente temeria pela futuro do Vasco.