6 de jan. de 2013

DOSAGEM CERTA

Hoje se fala de Libertadores como se fosse o maior título que um clube pode ter. Mas, nem sempre foi assim: houve um tempo em que os clubes brasileiros não davam a mínima para essa competição. A Taça Guanabara tinha mais valor que o torneio sul-americano. Na história da Libertadores os maiores vencedores são os argentinos justamente porque sempre deram mais valor do que nós.
O quadro começou a se modificar nos anos 90. As conquistas do São Paulo, principalmente, ajudaram na mudança desse panorama. Hoje, Libertadores significa prioridade para qualquer time do Brasil. E será assim com o Fluminense. Acertadamente, Abel Braga vai colocar os reservas para jogar o Estadual.
Fred, artilheiro e craque do último Brasileirão, fez um alerta a respeito desse desejo implacável. Para o jogador, é preciso uma dosagem mais comedida nisso tudo, sob o risco de a ansiedade prejudicar o rendimento do time tricolor.
Dou razão ao capitão do Fluminense. Há muitos exemplos de jogos que foram perdidos por causa do excesso de tensão que se criou em torno deles. É preciso que se atinja um nível intermediário entre a tensão e o completo relaxamento.
Seria bem mais fácil se o clube contasse em seus quadros com um psicólogo, um profissional capaz de controlar essa variável. Mas, parece que a diretoria atual não é muito afeita a este tipo de serviço. Então, o que resta é apostar na experiência de seus atletas e do treinador, o que não é pouca coisa.

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