5 de mar. de 2013

SINAIS DE AUTORITARISMO

Foto: divulgação
O Flamengo anunciou cortes drásticos nos esportes olímpicos. O clube simplesmente dispensou seus principais atletas: Diego Hypólito, Daniele Hypólito e Jade Barbosa. Com eles, outros desportistas também deixam o clube. Antes, o nadador César Cielo também havia cortado vínculo com o rubro-negro. O comando do clube alega que não pode mais sustentar os esportes olímpicos nos moldes em que se apresentam. Apenas o remo (que é estatutário), o basquete e o pólo aquático manterão suas atividades intactas.
Os motivos alegados pelo Flamengo são plausíveis e se coadunam com a política financeira da nova diretoria. Se está sendo assim com o futebol, porque não seria com os esportes olímpicos? A intenção é dar alguns passos atrás para então, recuperar-se à frente.
Contudo, os meios não parecem tão nobres assim. Diego Hypólito, em entrevista ao programa Momento Esportivo da Super Rádio Brasil 940 AM, botou a boca no trombone e afirmou que a saída dos atletas olímpicos é fruto de uma perseguição política. De fato, todos aqueles que apoiaram Patrícia Amorim nas últimas eleições acabaram deixando o clube. César Cielo foi o primeiro, Vágner Love o segundo e agora os ginastas.
Os indícios contra a direção do Flamengo são fortes nesse caso e, se forem mesmo comprovados, levarão ao descrédito os esforços de reestruturação do clube da Gávea. Porque nada pode justificar perseguições políticas, uma prática nefasta e característica de governos autoritários.


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