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Um treinador, quando chega em um clube, traz a responsabilidade por resultados imediatos mas também, a esperança de mudanças positivas. Em meio às expectativas, via de regra, ele tem carta branca para alterações. Afinal, em time que está perdendo é urgente mudar!
Jorginho sempre foi um sujeito equilibrado que, até em momentos mais agudos, soube tomar decisões coerentes e sensatas. A barração de Ibson é, por esse prisma, surpreendente. Ela significa uma ruptura radical na estrutura do time; não por causa da importância tática do jogador, que nem é tanta diga-se de passagem.
A retirada de Ibson do time titular, se ela se confirmar, representa o afastamento de um sujeito que voltou para o clube com ares de grande contratação, que tem uma ascendência enorme no elenco e que costuma fazer parte das principais decisões tomadas pelo grupo.
Jorginho se arrisca agindo dessa maneira. Só o tempo irá dizer se está certo ou errado. Particularmente, nunca apreciei o futebol de Ibson. O considero um jogador mediano e acho que Jorginho acerta em não escalá-lo. Se vencer, o treinador não dará argumentos para o atleta reclamar. Caso contrário, uma verdadeira revolução se avizinha.
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