23 de abr. de 2013

A VEZ DA ALEMANHA


Acompanhei com atenção o passeio do Bayern de Munique em cima do Barcelona. Me impressionei, mais do que o resultado em si (4 x 0), com a forma linear de jogo do time alemão. Do início ao fim da partida, o Bayern não oscilou e sequer deixou que o time espanhol respirasse.
Está havendo uma transformação progressiva no futebol alemão que não se pode desprezar. Em 2006, quando sediaram a Copa do Mundo, eles chegaram em frangalhos e desacreditados. Movidos pela força da torcida e pela liderança de Jurgen Klinsmann, chegaram as semi-finais e caíram para a campeã Itália.
Entretanto, a necessidade de renovação era premente. Foi então que Joachim Löw, auxiliar de Klinsmann, assumiu o comando da seleção e promoveu a entrada de diversos jovens. Quatro anos de trabalho depois, a Alemanha foi a sensação da Copa da África do Sul em 2010, mas novamente caiu nas semi-finais; dessa vez para a Espanha. Naquela ocasião o time era formado por jovens inexperientes e que jogavam seu primeiro mundial, o que justifica a eliminação.
O que mais importa notar é a modificação no estilo alemão de jogar. Força física e disciplina tática já tinham de sobra. O que lhes faltava era uma geração talentosa e com habilidade comparável ao velho e bom estilo brasileiro. Isso foi construído nos últimos seis anos.
O Bayern de Munique, que agora assombra o mundo, é um protótipo da seleção alemã. Em 2014, em gramados brasileiros, teremos a chance de ver de perto uma escola de futebol agressiva, aplicada e preocupada em dar espetáculo. Uma chance rara que não devemos perder.

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