As declarações de Rodrigo Caetano, na última sexta-feira, a respeito de possíveis baixas no elenco tricolor e da impossibilidade de novas contratações nos leva a preocupantes questionamentos. Primeiro: será que Fred, após boas atuações pela seleção, vai continuar no Brasil? Segundo: o poderio econômico do futebol tricolor, tão propagado nos últimos anos, perdeu o encanto?
Por enquanto o assunto é tratado como especulação, mas na imprensa inglesa já surgem os primeiros boatos sobre Fred atuar no Manchester City, clube que perdeu Tevez para a Juventus. O assunto não teria tanta importância não fossem as áridas palavras de Caetano. Juntando as pontas, não seria absurdo afirmar que o atacante tricolor é um dos negociáveis.
Além dele, há outros jogadores que também podem seguir adiante. Cavalieiri e Jean, apesar de não terem sido titulares com a amarelinha, também podem ser cogitados. É que vestir a camisa canarinho já é motivo suficiente para valorização de atletas. Além deles, Carlinhos é outro que pode decolar.
A crise é grave! Nem mesmo as injeções financeiras da patrocinadora devem ser capazes de frear o êxodo. As más administrações dos clubes os levaram a tais estados críticos. O governo não está mais sendo condescendente com as dívidas milionárias e impede a captação de recursos até que tudo seja pago. Uma medida dura e acertada.
Não se pode viver sob uma ilusão sem que se pague um preço. Até que a patrocinadora tricolor sustentou o sonho por muito tempo. Não quero bancar o profeta do apocalipse, mas começo a visualizar a ruína de um projeto construído sobre areia. Enquanto não se profissionalizar a gestão do futebol tricolor, com um modelo que seja auto-sustentável e independente do aporte de apenas uma empresa, a ameaça de destruição será sempre iminente.
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