13 de jun. de 2013

NA CONTRA MÃO

Há muita pressão para que a diretoria do Flamengo abandone sua política de contenção de gastos e de redução de custos. Os resultados recentes do futebol não estão dando brechas para os cartolas e a torcida, exigente por natureza, cobra títulos.
O futebol no Brasil tem por cultura ignorar valores salariais e gastos abusivos. O dirigente canarinho está a costumado a jogar com a opinião pública e com o gosto do torcedor. Ora, para quem está na arquibancada nunca interessou o quanto o clube está afundado em dívidas. Se o resultado final for a vitória, então tudo se justifica.
Essa cultura, amplamente difundida e perpetuada, é muito conveniente para os irresponsáveis. Se não há cobrança nem fiscalização, tudo pode no mundo da bola. Há um interesse não confesso dos dirigentes em deixar as coisas como estão. Dessa forma, mais dinheiro pode entrar e sair sem que ninguém dê conta dos rombos trilionários dos clubes.
Sendo assim, vejo com olhos preocupados esse movimento no sentido de empurrar o comando rubronegro para contratações mais caras. Não há apenas um modelo de gestão no futebol. O Borussia Dortmund, por exemplo, saiu de uma quase falência para o vice campeonato da Champions. O clube alemão, muito prudentemente, como manda a postura germânica, primeiro sanou suas dívidas para só depois atrais investimentos. É preciso antes de mais nada, uma mudança radical na mentalidade de torcedores, imprensa e dirigentes. Futebol é resultado, mas também é planejamento.

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