23 de jul. de 2013

COISA DO PASSADO

Futebol não é para torcedor de arquibancada. Estádios cheios já deixaram de ser, há muito tempo, o objetivo das entidades e clubes que organizam os campeonatos. O alvo é sempre o lucro fácil , nem que para isso tenha que se sacrificar a torcida.
Causou espanto o Maracanã vazio no clássico do último domingo, entre Fluminense e Vasco. E a tendência é que isso se repita no próximo fim de semana, quando Flamengo e Botafogo medem forças no Estádio. É que o preço mais barato para quem quiser assistir ao clássico é R$ 100,00!
A lógica é simples: mesmo com pouco público, as rendas são satisfatórias. O Fluminense, mandante do último domingo, está rindo à toa com o quase milhão que faturou. O Flamengo tem o mando para o próximo jogo e também deve faturar uma boa quantia.
Enquanto isso, o torcedor comum, aquele que deu boa parte de seus ganhos aos clubes durante toda a vida, é mantido afastado e esquecido pelos dirigentes. Uma ingratidão infinita, só comparável, em tamanho, com o desprezo dos mandatários do futebol.
Futebol é produto midiático e, portanto, feito para a televisão. Estádio cheio, sob esse ponto de vista, não significa muito para quem vende jogos, cotas de patrocínio e anúncios. O que vale mais: cem mil torcedores no estádio incapazes de consumir porque têm pouco poder aquisitivo ou 1 milhão assistindo televisão e consumindo, direta e indiretamente?


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