15 de ago. de 2013

COMEÇO PROMISSOR

globoesporte.globo.com
Os números de Mano Menezes no Flamengo, embora ainda não sejam ótimos, dão uma esperança por dias melhores. Em quase dois meses de clube, ele obteve três vitórias, quatro empates e duas derrotas. São nove jogos ao todo e dos dezoito pontos na tabela, oito foram conquistados apenas nas últimas quatro partidas. Está bem que o excesso de empates ainda incomoda, mas para um time que iria brigar para fugir da segundona até que o retrospecto favorece comentários mais otimistas.
O grande feito de Mano neste início de trabalho, e que talvez tenha despertado a confiança do torcedor em geral, foi o fato do Flamengo não ter perdido os clássicos sob seu comando. Contra o Vasco foi um tanto desorganizado mas o 1 x 0 foi comemorado. Na partida diante do Botafogo, um time apático no primeiro tempo e avassalador no segundo. O empate por 1 x 1 deu a medida exata do jogo. O triunfo sobre o Fluminense (3 x 2) foi a exibição mais convincente do time rubronegro, já que contra o Atlético-MG (vitória de 3 x 0) enfrentou uma equipe ainda em ressaca por conta da conquista histórica da Libertadores. Como resultado, uma equipe menos pressionada pela opinião pública em geral.
Uma outra atitude de Mano Menezes que surtiu efeito no elenco, foi a barração de Carlos Eduardo. Assim que fechou com o time da Gávea, o treinador anunciou que colocaria o jogador em sua posição de origem e que o mesmo teria total confiança. Os jogos passaram e Carlos Eduardo não evoluiu. Como resultado, o treinador o afastou do time titular e deu um recado para quem quisesse entender: em meu time, joga quem estiver bem!
Os reforços dos experientes André Santos e Chicão trouxeram equilíbrio necessário para uma equipe em formação. Ambos, aliados a Léo Moura, formarão os pilares do Flamengo. Elias é uma caso à parte: mostra o mesmo vigor e profissionalismo dos tempos de Corinthians em 2008. Além disso, recuperou a qualidade técnica que o fez ter destaque no cenário nacional.
A opção de Mano Menezes por jogadores que têm sua confiança não é uma tática nova no futebol. Diversos treinadores já lançaram mão desta ferramenta e se deram bem. Mano tirou o Corinthians da draga em 2008 e o levou ao título da Copa do Brasil em 2009. Com o Grêmio fez algo parecido: pegou o time na série B em 2005, foi terceiro lugar do Brasileiro 2006 e vice da Libertadores em 2007. Ao que parece, o intuito do treinador é ter a mesma trajetória com o Flamengo. Se a paciência prevalecer e a política interna do clube não atrapalhar, as chances são boas.


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