21 de set. de 2013

A FOICE E SEUS TRAUMAS

A palavra rebaixamento causa arrepios. Torcedores ficam irados quando a escutam. Jogadores e técnicos sequer a pronunciam. Dirigentes se apavoram quando pesam na possibilidade. Todos os anos são diversos os clubes que fogem, desesperadamente, da foice que arrasta para a segundona.
O Vasco viveu esse pesadelo em um passado recente. As marcas do rebaixamento de 2008 ainda estão recentes e provocam receio em dobro. Os jogadores que lá estão não viveram esta sensação de perto, mas nenhum deles gostaria de carregar consigo esta marca. Roberto Dinamite, na época recém empossado, acabou por pagar a conta dos descasos passados e hoje poderia ser responsabilizado pelo possível fracasso.
A aura que sopra na Colina é carregada de medo e tensão. Um retorno ao pesadelo seria desastroso para a história do clube e suas consequências, imprevisíveis. Ninguém pode garantir que a instituição se recuperaria de um novo revés em um espaço de apenas cinco anos.
Olhando de perto o time do Vasco e o comparando aos seus principais concorrentes na fuga do rebaixamento, não imagino que o cruzmaltino não consiga escapar da forca. Existem times mais fracos, como Criciúma, Bahia ou Portuguesa. O principal adversário do time de Dorival Júnior passa a ser, daqui para frente, seus próprios medos e traumas.

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