AS RAZÕES DE DORIVAL

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Há no futebol uma regra básica e que serve como escudo para jogadores, dirigentes e técnicos. A coisa é simples e direta: não diga a verdade, a menos que ela seja conveniente. A dissimulação é uma instituição e sua prática naturalizada.

Dorival Júnior assumiu que escalar reservas na Copa do Brasil é uma forma de tentar salvar o clube de um vexame histórico, qual seja: um novo rebaixamento cinco anos depois. A intenção manifesta é louvável, porém suas justificativas apenas tangenciam o verdadeiro cerne da questão.

Dizer que os jogadores precisam ser poupados de esforços maiores é apenas um meio do treinador não assumir sua desconfiança em seus comandados. Dorival Júnior não poderia assumir tal motivo, pois representaria um  verdadeiro tiro no pé.

Por outro lado, ao não escalar seus principais jogadores e, em tese, abdicar da única chance de título em 2013, o técnico manda o seguinte recado: não confio no elenco e não o acho capaz de suportar as pressões de vencer a Copa do Brasil e ter que fugir do rebaixamento no Brasileiro.

É de fato uma estratégia perigosa esta adotada pelo técnico do Vasco da Gama. Seus resultados, sinceramente, são imprevisíveis. Embora não haja muitas diferenças entre os titulares e os reservas, não se pode negar que Dorival demonstrou insegurança e, praticamente, negou ao torcedor o direito de comemorar em 2013. A não ser que o futebol apronte mais uma vez...