19 de jan. de 2014

A DEGENERAÇÃO DO FUTEBOL

As primeiras rodadas dos campeonatos estaduais pelo Brasil demonstraram na prática o que a teoria já está cansada de dizer: a preparação de nossos times é inadequada. Essa é uma realidade incontestável e que não será modificada devido aos interesses comerciais que envolvem o esporte.
No Rio de Janeiro, apenas o Flamengo venceu, com dificuldades, o Audax. Vasco, Fluminense e Botafogo, este último com reservas, tropeçaram. Em São Paulo, Palmeiras e Santos sofreram, mas venceram. O Corinthians derrotou a Portuguesa, mas não sem tensão. O São Paulo, por sua vez, foi derrotado pelo Bragantino fora de casa. No sul, o Inter venceu mas o Grêmio perdeu para o modesto São José.
Os times estão em plena pré-temporada. Os jogos que ainda estão por vir são como treinos de alta intensidade. Na verdade, os atletas estão longe de seus ápices físicos o que compromete a parte técnica. Como resultado, um espetáculo pífio de pouco futebol e muita enrolação.
A detentora dos direitos de transmissão dos campeonatos busca vender o jogo como um produto de alta qualidade, mas na verdade, ela mesma, contribui para o prejuízo do esporte. Essa prática revela uma contradição aparente, mas que na verdade segue a mesma lógica mercadológica de qualquer outra esfera de negócio. O que vale é a quantidade de jogos e não a qualidade. A ordem é ganhar na massificação de anunciantes e patrocinadores, enquanto o esporte se denigre.

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