Se estivesse vivo, Sócrates completaria hoje (19-02-2014) 60 anos. Sinto saudades do Doutor. Sinto falta da época do Doutor. Naqueles tempos, futebol e política se misturavam sem os pudores de hoje em dia. A Democracia Corinthiana mostrava sua cara e brigava pelos direitos do cidadão em geral, não se limitando apenas a uma luta corporativista.
O chamado profissionalismo criou uma legião de jogadores e profissionais interessados apenas no rendimento físico e técnico. O atleta virou uma espécie de máquina programada para agir e não pensar. Assessores, empresários, dirigentes e todo o aparato que cerca o futebol fazem desse esporte um ópio. O futebol não deve ser um anestésico, mas sim um estimulante!
Veja os exemplos dos treinadores das seleções que disputarão a próxima Copa do Mundo. Eles estão reunidos em Florianópolis para um congresso da FIFA. Perguntados sobre as manifestações que ainda cercam o Brasil, a maioria respondeu que isso é problema da organização e que o "campo e bola" é o que interessa. Nada mais mecânico e previsível!
O futebol é o esporte de massa por excelência. A capacidade que tem para reunir multidões não se compara a nenhum outro. Esse motivo já é suficiente para fazer do futebol propriedade do povo. Tudo que gira em torno do futebol diz respeito e interessa as massas. Portanto, é obrigação daquele que milita no esporte se posicionar politicamente.
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