10 de mar. de 2014

FINALMENTE, O FIM

gazetaesportiva.net
Araxá, Vilavelhense, Tanabi, CSE, Bonsucesso, Canedense, Manaus, Leão de São Marcos, Botafogo-DF, Umuarama, Operário, Potiguar, Goiânia, Itumbiara, Vila Nova, Itauçuense, Fast... Essa não é a lista dos times que disputarão a quarta divisão do brasileiro deste ano. Essa é a relação de algumas das equipes defendidas por Túlio Maravilha em sua saga para conseguir o ambicionado milésimo gol.
Foi uma busca tão insana quanto o tamanho de seu talento. Túlio Maravilha não precisava marcar mil gols para ser imortal. Ele foi um grande goleador e marcou seu nome na gloriosa história alvinegra. O atacante tem importância comparável a dos grandes ídolos do clube de General Severiano. 
Ontem o jogador "encerrou", oficialmente, a carreira. Jogando pelo modesto Araxá e com a presença de 36 testemunhas, o Maravilha escreveu as últimas linhas de sua trajetória vitoriosa. Foi patético e digno de lamentação. Túlio não merecia um final assim. Ele merecia uma apoteose de homenagens e festividades. Jogador de personalidade forte, de opiniões contundentes e irreverentes como ele não pode ser atirado ao ostracismo dessa forma. Mas foi o próprio quem escolheu essa conclusão.
O fim é inevitável para todos. Túlio se arrastou em uma procissão lenta e dolorosa até o capítulo final. Se remoendo em uma ladainha monótona, o atacante se perdeu na história dos mil gols. Romário quase incorreu no mesmo erro, qual seja, o de igualar a marca de Pelé. Nem Túlio, nem Romário precisariam de mil gols para serem o que foram. O último muito mais do que o primeiro, é verdade.
O Botafogo não quis acolher Túlio em seus últimos dias. Os motivos que se escondem por trás dessa cissão não são claros. Isso pouco importa agora! Quero me lembrar de Túlio Maravilha balançando as redes de todos os jeitos: de calcanhar em plena Libertadores; de mão contra a Argentina; impedido contra o Santos. Pensando bem, nada foi muito convencional para Túlio. Por quê seu fim haveria de ser?