A preocupação pelos lados da Colina é com o excessivo número de empates do Vasco da Gama na série B. Em 23 jogos o time empatou 10 vezes. Isso dá quase 50% das partidas disputadas. Uma conta que explica, em parte, a dificuldade do Gigante acordar na competição.
Hoje a equipe ocupa a quarta colocação e está com 40 pontos. O líder é o Avaí. A equipe catarinense tem 44 pontos. Imaginando-se que o Vasco vencesse, ao menos, 5 dos 10 jogos que empatou, somaria mais 15 pontos. Isso totalizaria 55 pontos, ou seja, o cruzmaltino seria líder da série B com 11 pontos de vantagem para o segundo. Empate em pontos corridos é tão ruim que deveria ser chamado de "não-vitória".
Joel Santana, por enquanto, tem pouco a ver com os empates. Dos 10 até aqui, ele é responsável por apenas 2: Atlético-GO e Oeste. São 3 jogos no comando do Vasco, o que traz certa preocupação para o torcedor. O futuro pode guardar outas "não-vitórias".
A vida pregressa de Joel traz outros índices desanimadores. Quando treinou o Botafogo no Brasileirão em 2010, o técnico patinou na competição justamente por não conseguir dar sequência de vitórias ao alvinegro. Naquela edição o Botafogo foi o time que mais empatou (17 vezes). Resultado: sexta colocação e adeus à vaga para a Libertadores.
Além desses detalhes estatísticos, há um outro mais importante: o olhar de Joel Santana sobre o futebol. A filosofia de jogo do técnico aponta para uma preocupação defensiva em detrimento do ataque. Para o treinador o jogo é simples: não sofra gols e, se possível, marque algum. Joel Santana já foi campeão inúmeras vezes pensando assim.
Não será difícil para o Vasco retornar a elite do futebol nacional em virtude do baixíssimo nível técnico da série B. A conquista do título já não é tão importante assim. O que precisa ser feito, será! É pensar em voltar à primeira divisão e traçar novos rumos para a temporada que vem. Aliás, novíssimos rumos!
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