7 de set. de 2014

UM CARA SÉRIO

odia.ig.com.br
foto:divulgação
O jogo estava no segundo tempo e já se encaminhava para sua parte final. No placar, 3 x 2 para o Cruzeiro, em pleno Maracanã. A torcida, ansiosa pelo empate, pedia Walter como a solução. Cristóvão Borges chamou kenedy e foi devidamente achincalhado, como de costume, pelo torcedor. Ele sacou Bruno e ouviu, em troca, uma sonora vaia. Minutos depois, kenedy fez o gol de empate que soou como vitória para o Fluminense.
Dessa vez, Cristóvão acertou. Errou em outras ocasiões, mas isso é do jogo. O treinador do Fluminense arrisca, e isso é essencial em um técnico. Ele não é conservador e procura alterações que realmente modifiquem o time. Nada pior do que um técnico previsível.
O que o torcedor precisa entender é que Cristóvão estuda e se prepara para exercer sua profissão. Seu dia a dia não se resume a comandar treinos simplórios. Por isso, mesmo com resultados adversos e inconstantes, o Fluminense é um dos times mais interessantes do Brasileirão. As vaias que vêm das arquibancadas só ajudam a desestabilizar o comando do treinador e, consequentemente, o time. Por causa dessa perseguição ele deixou o Vasco quando fazia um bom trabalho. 
Cristóvão Borges não é treinador com grife. Não tem ao seu lado a publicidade de outros profissionais. É quieto, não é afeito a estripulias à beira do gramado e não concede entrevistas bombásticas com frases de efeito. O torcedor precisa entender que a imagem não condiz com a competência. Para ser bem sucedido não é necessário ser mais malandro, falar mais alto ou ser mais agressivo. Basta ter seriedade, comprometimento e profissionalismo. Isso sobra em Cristóvão Borges.

Um comentário:

Anônimo disse...

O autor do texto torce pelo Fluminense?