
O mais importante personagem é o zagueiro. Thiago Silva é o traído, aquele personagem que sofre até o fim. Achou que o posto de capitão, que nunca foi seu de fato, apenas de direito, seria eterno. De repente, é surpreendido pela notícia de que o amigo foi alçado ao seu antigo posto sem nem ao menos ter sido comunicado. Se entristece, tal qual o marido traído.

O terceiro elemento é Dunga. O treinador aparece no drama como um personagem duro. Suas decisões são baseadas em fatos concretos e não há lugar para sentimentalismos. Para ele, é simples: chorou, titubeou ou hesitou está fora. Dunga carrega a experiência de cobrar pênalti em uma decisão de Copa na condição de capitão do time. Ele não perdoa indecisões. Thiago tremeu. Neymar nunca balançou.
No fim da trama, o protagonista deixa a família Dunga e chora, saudoso da antiga família Scolari. Sente saudades de um tempo em que ser capitão era apenas berrar em campo. Não se conforma com os conceitos, nem tão novos assim, de uma antiga seleção novamente comandada por um sujeito turrão que não conhece a palavra diálogo.
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