1 de nov. de 2014

O OUTRO LADO

veja.abril.com.br
Não deixa de ser controvertido o fato de Fred, no ano em que foi execrado por boa parte da torcida brasileira, estar prestes a alcançar a marca história de 100 gols em campeonatos brasileiros. Na era de pontos corridos, fórmula que se aplica desde 2003, apenas Paulo Baier, veteraníssimo, já alcançou essa façanha. 
A perseguição ao atacante durante a Copa do Mundo beirou a insanidade. Fred foi acusado de ser imóvel e virou símbolo de uma derrota histórica. Quando se falava em vexame da seleção, se associava imediatamente o nome do jogador. 
Fred não passou de uma peça a mais em uma engrenagem fadada à falência. Felipão montou um time no qual o atacante funcionava como o ato final. Se a bola chegasse redonda, a partir dos três meias, então Fred funcionaria. Foi assim na vitoriosa Copa das Confederações. Já no mundial... O jogador foi de fato um "cone" na seleção brasileira. Não por que joga desta forma, mas por não ter tido outras alternativas. 
Uma rápida comparação entre o Fred do Fluminense e aquele que esteve na copa será suficiente para elucidar minhas opiniões. No tricolor, ele é muito mais ativo e as bolas chegam com mais frequência. Além disso, assume um protagonismo que não foi possível na seleção. 
Pode-se até admitir que o jogador peque em algumas posturas como atleta profissional, mas sua qualidade técnica de finalizador é inquestionável. A fama de "cone" imputada a Fred é de total responsabilidade do ex-treinador da seleção. Sua verdadeira face é revelada com a camisa do Fluminense.

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